SEBRAE COMEMORA LEI NIVARDO MELLO E PROMOVE EVENTOS NA FESTA DO BOI

A lei reconhece os queijos artesanais potiguares feitos a partir de leite cru e dá força à economia e à tradição norte-rio-grandense
 
A Festa do Boi terá três programações realizadas pelo SEBRAE em comemoração à lei Nivardo Melo, que regulamentou os queijos artesanais feitos a partir de leite cru, de “manteiga” e de “coalho”, e também a “manteiga da terra” – conhecida como “garrafada do sertão”. Segundo os produtores rurais, a lei é um avanço para a economia local ao estimular não só o setor leiteiro, mas toda uma cadeia produtiva no estado. Além disso, ela reconhece a tradição potiguar para a fabricação de queijos artesanais e homenageia a figura de Nivardo Mello, importante produtor de queijo de Caicó.

         Todas as programações acontecem no espaço SEBRAE na Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, Parnamirim/RN. A primeira delas é uma exposição de queijos artesanais de várias regiões do Brasil, incluindo palestras, degustações e stand de vendas, entre os dias 07 e 14 de outubro, das 14h às 22h. A segunda é o ato “Hora do Queijo”, em que queijeiros nacionais irão reivindicar ao redor de uma mesa de queijo uma legislação nacional que reconheça a produção e a comercialização de seus produtos. O ato acontece dia 08 de outubro, às 17h. Por último, haverá a mesa redonda sobre a lei Nivardo Mello, debatendo seus aspectos positivos para o Rio Grande do Norte – e enfatizando igualmente a necessidade de semelhante lei de caráter nacional. A mesa redonda acontece dia 11 de outubro, das 14h às 18h.  

O produtor de leite Ricardo Roriz da Rocha enfatiza que a decisão pela regulamentação da produção de queijos artesanais no Rio Grande do Norte a partir da lei Nivardo Melo, de autoria do deputado estadual Hermano Morais (PMDB), valoriza o leite cru local, mas não é só isso. Ele diz que a lei leva em consideração na fabricação desses queijos à existência de boas instalações sanitárias, boas práticas na manipulação do produto e preocupação com a saúde do gado produtor do leite. “Todas essas questões são importantes para haver a promoção do leite cru e seus derivados como alimentos saudáveis ao ser humano e, portanto, adequados para o consumo. Isso tende a afetar positivamente o setor leiteiro, mas ele precisa para dinamizar-se também de outras medidas, como a renegociação das dívidas agrárias, a desburocratização do crédito e a revisão de acordos internacionais que afetam drasticamente a produção de leite nacional ao estabelecer uma concorrência desleal” – disse. 

Saiba mais

 O Brasil possui importantes queijos artesanais, que são feitos com leite recém-ordenhado, sem o processo de pasteurização. São os casos dos queijos “manteiga” e “coalho”, no Nordeste; do “minas”, em Minas Gerais; e do “colonial” e “serrano”, no Sul. Em 2008 o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – declarou os queijos de tipo minas do “serro”, “canastra” e “serra do satélite” patrimônios históricos imateriais, por considerar eles parte do conjunto simbólico abrangente da cultura mineira, vistos como tradição e tradução do lugar. Além disso, no dia 22 de abril é comemorado o dia mundial de valorização do leite cru. 




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